segunda-feira, dezembro 04, 2006

Saber viver?¿?¿


A carta que transcrevo a seguir teve durante uns tempos associada ao Prémio Nobel da literatura Gabriel Garcia Marquez, sendo divulgada na Internet como a sua carta de despedida no entanto a autoria de tal carta foi mais tarde rejeitada pelo escritor.
O que interessa aqui é a mensagem, um pouco sentimentalista e talvez até lamechas, mas não deixa de ser um facto que muitos de nós (Seres Humanos) só vemos a vida em toda a sua plenitude quando lhe advínhamos o fim, vivemos dias cinzentos e monótonos, entregamo-nos á monotonia e deixamos nos levar mais pelo nosso lado racional do que pelo emocional. Quantos de nós não diriam ou fariam coisas diferentes se soubéssemos que não voltaríamos a ver alguém ou que não voltaríamos a ser vistos???

"Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me desse um pedaço de vida, talvez eu não dissesse tudo que penso, mas com certeza pensaria tudo que digo. Daria valor às coisas não pelo que custam, mas pelo significam.

Dormiria pouco e sonharia mais, por que para cada minuto em que fechamos os olhos perdemos sessenta segundos de luz.

Andaria quando os outros param, despertaria quando os outros dormem, ouviria quando os outros falam, e como aproveitaria um sorvete de chocolate...!

Se Deus me desse um pedaço de vida, eu me vestiria com simplicidade, me atiraria de bruços sob o sol, deixando a descoberto não somente meu corpo, mas minha alma.

Meu Deus, se eu tivesse um coração... escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que saísse o sol.

Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas um poema de Benedetti, uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua.

Regaria com minhas lágrimas as rosas, para sentir a dor de seus espinhos e o beijo encarnado de suas pétalas...

Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida... não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas que as amo.

Convenceria cada mulher de que ela é a minha favorita e viveria apaixonado pelo amor.

Aos homens eu provaria quão equivocados estão em pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar.

A um menino eu daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinho.

Aos velhos, os meus velhos, ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento.

Tantas coisas aprendi com vocês, homens...!

Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está em se escalar a encosta.

Aprendi que quando um recém-nascido aperta com seu pequeno punho pela primeira vez o dedo do seu pai, ele o tem preso a si para sempre.

Aprendi que um homem só tem direito de olhar outro de cima quando for ajudá-lo a levantar-se.

São tantas as coisas que aprendi de vocês. Mas não terão muita serventia, porque quando me guardarem dentro desta maleta, infelizmente, estarei morrendo...”

Autor Desconhecido

PENSEM NISTO...