Confesso abertamente que sou contra as horas extra, ou porque não são pagas ou porque a grande maioria dos patrões não lhes dá o devido valor.
Mas que às vezes é preciso, é!
Ultimamente tenho andado a trabalhar que nem uma maluca não tenho tempo para mais nada.
E depois chego a casa e ainda tenho mais mil coisas para fazer.
Não tenho tido tempo de acompanhar a actualidade, de saber dos amigos, nem dos presentes nem dos ausentes.
Sinto me meia à deriva, convivo mais com colegas de serviço que com qualquer outra pessoa, conheço as famílias deles quando não conheço as famílias de alguns amigos.
Sinto falta dos risos e dos abraços dos amigos. Sinto falta de chagar a casa numa pilha me deitar no meu sofá e chorar (no colo da minha mãe, claro!!!) há coisas para as quais gostava de ser sempre criança para lhe poder recorrer.
Sinto isto tudo especialmente porque não vou a casa há quase um ano, mas com os amigos que estão na rua ao lado acontece o mesmo.
As minhas desculpas a todos aqueles que deixei e deixo todos os dias para trás.
Não é que me tenha esquecido de vós, antes pelo contrário, morro de saudades.
Mas o mundo não está para brincadeiras e o caminho é prá a frente, nunca pró lado ainda menos para trás.
Por isso sigo em frente o amanhã pertence a Deus e tenho a certeza que ele não tenciona partilhá-lo comigo.
Não pensem que estou mal, só não estou bem. Hoje não vivo, apenas existo!
Beijos e abraços cheios de saudades
