quinta-feira, maio 24, 2007

Mar


















Olá lindos (e lindas) parece que estamos na fase do post por dia mas isso é porque eu ando extremamente contente e com tempo para escrever ao almoço.

Então o post de hoje é sobre: é sobre muita coisa, mas sem querer puxar a brasa á minha sardinha é basicamente sobre a minha profissão.

Quando era pequena passavam a vida a dizer me que devemos escolher uma profissão que realmente gostemos, para não sermos uns frustrados quando tivermos 40 anos.


Mas quando acabamos o nono ano e nos obrigam a escolher um agrupamento de certeza que não pensam que um adolescente de 13 anos sabe aquilo que quer fazer até morrer, mas obrigam nos pelo menos a sabermos a que área queremos pertencer, ciências, artes, economia ou humanidades.


Eu não sei bem porque razão, ou sob que influencia, achei que daria uma excelente médica, mas quando acabei o nono ano o que eu não sabia é que para ser médica tinha de ter uma média de 19 valores (numa escala de 20 e que dado que estava numa das escolas mais puxadas do conselho isso nunca viria acontecer), também diga se passagem que eu no liceu odiava estudar, a única cadeira para a qual me recordo de o ter feito foi matemática, sob pena de chumbar e ter de fazer mais um ou dois anos no liceu.

Quando acabei o 12 ano já sabia perfeitamente que nunca iria ser médica mas por uns instantes achei que seria engraçado continuar a trabalhar em hospitais (como enfermeira), sinceramente ainda hoje não sei o que tinha bebido mas enfim, então concorri para tudo o que eram faculdades de enfermagem fiz testes de pré-selecçao e essas tretas todas, mas por um acaso do destino e mais por brincadeira que por outra coisa qualquer concorri para uma escola de navegação para um curso de gestão.

E o mais curioso é que entrei, durante o primeiro ano detestei o curso, lembro que até voltei a concorrer para outras universidades. Mas o que é um facto é que com o passar do tempo comecei a adorar as aulas, graduei me e comecei a trabalhar em empresas de navegacão.

E hoje amo de paixão aquilo que faço só quem vive perto do mar e já teve a oportunidade de subir a bordo de um navio é que pode conseguir imaginar o aliciante que esta profissão pode ser e o que nos pode trazer.

Acabei por não fazer aquilo que sempre quis mas não sou frustrada. Que me perdoem os frustrados mas pessoalmente acho que essa condição advêm do facto de não se saber viver, não se saber amar ou ser amado.

A vida é tão fantástica que tem de ser comemorada a cada segundo para que não passe por nós algo irrecuperável e inesquecível.

Sejam felizes aprendam a amar-se e a aceitar os outros tal como eles são, afinal ninguém é perfeito.

Pompeu – "Navigare necesse, vivere non necesse – Navegar é preciso, viver não é preciso."

Vahagn Davtian – "O mar é apenas este conselho: avançar sempre – chegar nunca."

Epicuro – "Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades."

Desconhecido – "Os navios estão a salvo nos portos, mas não foi para ficarem ancorados que eles foram criados. "

1 comentário:

menina de porcelana disse...

Tenho 22 anos, e ainda não sei o que quero fazer até morrer...

Só sei que me apetece lutar por algo. Só não sei o quê...